Hoje nos deparamos com mais uma tragédia de rompimento de Barragem, e o palco desse crime é novamente Minas Gerais, depois de Mariana-MG, Brumadinho-MG. Quem é o culpado? Engenheiro responsável? Empresa usuária? Órgão fiscalizador?
Atualmente, são muitos os motivos para se realizar um represamento, seja para motivos industriais, exploração de minérios e até atividades de lazer. Existem cerca de 24.092 mil barragens em nosso Pais e apenas 3% dessas barragens foram vistoriadas pelos órgãos fiscalizadores. Infelizmente, o Brasil aprendeu muito pouco com a lição de Mariana, há mais de 3 anos do maior crime ambiental de Mariana-MG, pouco mudou. Até o momento, é impossível mensurar os impactos Ambientais causados, os danos são irreversíveis, da mesma forma que acontece agora em Brumadinho.
Desde que o mar de lama tomou conta do ecossistema, além de mortes de humanos e animais, levam-se muitos anos para que tudo comece a se recuperar, desde atividades essenciais, como abastecimento de água, até atividades econômicas e de lazer desaparecem, a insalubridade e doenças se instauram nos locais. É um verdadeiro tsunami de lama e rejeitos.
As empresas não apreendem e vão continuar errando enquanto a impunidade e a falta de fiscalização atuante e corretiva não controlar essas situações. Quantas vidas teremos de perder? Quantos ecossistemas terão de deixar de existir para que crimes como esses deixem de existir?
Atualmente, existem cerca de 500 pesquisadores de 24 universidades do pais estudando os efeitos da lama decorrente do crime de Mariana/MG. As informações serão divulgadas a partir de março de 2019, na qual foram estudados os efeitos e causas, sendo que essas informações serão atualizadas a cada 6 meses.
Enquanto isso, o Meio Ambiente e nós continuamos sofrendo cotidianamente a falta de fiscalização e, assim, a justiça e as punições ainda caminham em passos muito lentos.