Água e seu poder

Dia 22 de março é comemorado o DIA DA ÁGUA. Todo ano comemoramos essa data com o intuito de conscientizar a população sobre a importância desse recurso para a sobrevivência de todos os ecossistemas que existem no planeta. Mas, por quê?

Estatísticas da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que 25% da população do planeta não têm acesso a água potável e cerca de 58% dos municípios no Brasil não possuem água tratada, sendo que o Brasil é um país que detém cerca de 12% da água doce do planeta. Há, também, o fato de que 20 países já sofrem com a escassez de água , ou seja, 40% da população mundial.

Além dos dados já apresentados, a superfície terrestre é formada aproximadamente de 70% de água. Dessa porcentagem 97% é água salgada dos mares e oceanos e 3% de água doce, onde apenas 0,01% é considerada apropriada para consumo, o que confronta o fato da água limpa e potável ser um direito humano garantido por lei desde 2010, de acordo com a Organização das Nações Unidas – ONU. Assim, constatamos que a água é um recurso FINITO e que deve ser preservada.

“O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.” (Artigo 4 da “Declaração Universal dos Direitos da Água”)

No entanto, para além do problema do consumo, a sociedade vem sofrendo com enchentes e alagamentos. Mas, será que isso é culpa do ciclo da água? No caso, o problema não vem do ciclo da água, mas é uma consequência dos problemas de saneamento brasileiro. As questões de saneamento básico envolvem quatro componentes: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais.

Neste post estamos tratando mais especificamente dos pontos de lançamentos e extensão das redes de drenagem urbana, os quais podem, por sua falta, levar a termos enchentes e alagamentos, fazendo com que a água que nos salva e nos dá vida, nos leve tudo. Mas, por quê?

A falta de interesse público em questões do saneamento leva a ocorrer fenômenos como esses, pois existem várias alternativas, mas o poder público não leva em conta. Antes de se fazer ou ampliar uma obra é necessário levar estudar as questões ambientais como a impermeabilização do solo, fato esse que muitas vezes não é estudado e colocado como prioridade e que resulta, depois, em enchentes e alagamentos.

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